O dia em que quis desistir...

Oi meninas, hoje temos uma postagem especial. É um testemunho da obreira Ananda Rodrigues, veja o que ela passou.

Estava decidida a deixar a obra, queria entregar meu uniforme, deixar as responsabilidades, na ilusão do pensamento “vou largar a obra, mas não sairei da igreja"! grande engano.

Já tinha algum tempo de Obra, uns dois anos e meio, tempo suficiente para achar que já havia visto tudo na obra, (rsrsr) pobre mente a minha. O tempo era meu maior inimigo, pois muito imatura na fé, e desorganizada, trabalhava e estudava, e assistia as reuniões durante o dia, "as mais rápidas de preferência".

Vivia me importando com as aparências, do que os outros iriam pensar tudo que me afastava de Deus. Mas para deixar bem claro, eu não bebia, nem me prostitui, não cai nas drogas. Não cometi nenhum deslize desse tipo, mas dei mole pro diabo nas atitudes, pensamentos e principalmente no tempo, na minha comunhão com Deus. Tentava ser o que não era me comparava muito com as outras obreiras, pois cada uma tinha seu jeito, sua comunhão com Deus, maneiras diferentes de orar, jejuar, se consagrar. E eu achando que iria me santificar apenas imitava... Achando que o propósito das demais servia pra mim.

Assim fui me enganando me iludindo, até que chegou ao ponto “e em uma época do mês em que as meninas, mulheres ficam mais sensíveis" TPM... Que joguei tudo pro alto. Estava decidida a deixar a obra, queria entregar meu uniforme, deixar as responsabilidades, na ilusão do pensamento “vou largar a obra, mas não sairei da igreja"..., grande engano. Pois bem, me lembro como se fosse hoje, nem assisti a reunião, cheguei perto de acabar a ultima a reunião de segunda-feira, sendo que tinha passado o final de semana inteiro ensaiando como iria falar com o Bispo, sim na época quem estava de regional era um Bispo... Enfim, tomei coragem e fui falar com ele. Disse que queria sair da obra... Com a voz tremula pronta pra chorar, pedi para sair. Ele perguntou, o que tinha acontecido, e eu respondi que não estava bem espiritualmente. Simplesmente ele me fez duas perguntas:

Ele: Quando estamos com fome o que fazemos?

Eu: comemos.

Ele: E quando estamos com sede?

Eu: bebemos!

Ele: Então menina!!!  Busque, humilhe-se diante de Deus, Eu vejo um futuro brilhante!

Aquelas palavras foram como uma injeção, direto na veia. Na mesma noite orei, coloquei meu rosto no chão, pedi perdão e Deus tirou as escamas que havia nos meus olhos. Tudo foi mudando aos poucos, muita luta, mas muitas vitórias, depois disso comecei a compreender melhor as coisas de Deus, depois disso comecei me organizar, não imitava mais as outras obreiras, pois comecei ter personalidade, não como pessoa, mas personalidade espiritual, pois não precisava imitar a fulana ou a ciclana no modo de orar, jejuar, se meu modo é orar calmamente, e não muito demorada mas sincera, pronto Deus está ali para ouvir e não analisar qual a mais bonita. A partir disso comecei me envolver mais com as coisa de Deus, na obra... E a maior recompensa, o Prazer de Servir ao meu Pai, Senhor Jesus, o gozo na alma é inexplicável, e saber que Deus me ama do jeitinho que sou, isso não tem preço.

#colaborou 

Ananda Rodrigues.